Na manhã da última quinta-feira (10), moradores do Conjunto Uirapuru, no bairro do Icuí, em Ananindeua (PA), receberam atendimentos gratuitos de clínica médica e fisioterapia por meio do projeto “A Energia da Saúde em Movimento”. A ação, realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, é fruto de uma parceria entre a ONG Humanitas da Amazônia e a Equatorial Energia.
Os serviços, realizados por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), foram disponibilizados para pessoas previamente cadastradas pelo site da Humanitas (humanitasamazonia.org) ou que fizeram sua inscrição presencialmente, momentos antes da ação. O objetivo do projeto é ampliar o acesso à saúde para populações em situação de vulnerabilidade, por meio de uma abordagem multidisciplinar e humanizada.
Reforço na Rede Pública de Saúde
Para Jadson Santos, Diretor Técnico da Secretaria Municipal de Saúde de Ananindeua (SESAU), a iniciativa representa um importante reforço para a rede pública. “No meu ponto de vista, o projeto veio para agregar, além de acelerar o fluxo de atendimentos e fortalecer a rede municipal de saúde. Quando a gente fortalece a rede, fortalecemos também o usuário daquele serviço”, afirmou.

Quem também reconheceu a importância da ação foi Carla Figueiredo, que acompanhou a mãe, Maria Lúcia Corrêa, de 72 anos, que foi em busca de atendimento fisioterapêutico. “Minha mãe tem parkinson há mais de 15 anos e já é paciente da UBS. Quando vi o banner sobre as ações do projeto, decidi inscrevê-la, porque sempre foi muito difícil conseguir atendimento fisioterápico para ela. Quando conseguíamos era muito distante da casa dela, o que dificultava o transporte. Desde o início, percebi o quão cuidadoso e atencioso foi o atendimento à ela”, contou.
Segundo Luciane de Cristo, coordenadora pedagógica da Humanitas da Amazônia, o projeto é uma continuidade do trabalho que a ONG desenvolve há mais de 20 anos na região, com foco na inclusão e no cuidado integral. “Estamos com bons profissionais, todos capacitados para acolher e atender com um olhar técnico e humano. O projeto ainda está no início das ações, mas vai ter um impacto muito grande na vida dessas pessoas. Muitas delas não conseguem atendimento especializado e aqui se sentem acolhidas. É o primeiro ciclo da ação, iniciado em março, e segue até junho”, explicou.
Atendimento Humanizado
A enfermeira Camila Moraes, profissional voluntária da Humanitas, destacou o aspecto humanizado da ação. “A Humanitas se preocupa com o paciente como um todo. Oferece atendimento médico, fisioterapia, psicologia e rastreio oncológico. E isso faz muita diferença, principalmente para quem não tem condições de pagar por um atendimento. Aqui, eles se sentem cuidados de verdade. É mais do que uma consulta, é acolhimento”, disse.
Atividades esportivas e artísticas
Em paralelo ao atendimento médico, o projeto desenvolve por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS), atividades esportivas, como natação, que acontecem todas as sextas-feiras, das 8h às 12h e 14h às 17h, tênis, futebol, vôlei e dança, além de aula de música e arte para o público PCD, que acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, e 14h às 17h.
As atividades ocorrem na Quadra Poliesportiva Asmovin, localizado na Rua Marcelino de Oliveira, 24 A, bairro Heiolandia, e no Centro Municipal Especializado em Transtorno do Espectro Autista (CERTEA), localizado na Avenida Cláudio Sanders, no centro de Ananindeua.
A meta do projeto é atender até 2 mil pessoas. As ações em Ananindeua seguem até 14 de junho e logo começam em Belém, seguido por Abaetetuba. Os atendimentos são realizados de forma gratuita.
